sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

"A ressaca americana" - Porque me parece familiar...

"Enquanto a turbulência persegue os mercados financeiros americanos e os protestos enchem as suas ruas, as escolhas de estilo de vida estão a evoluir de um modo revelador: vistos, em tempos, pelo resto do mundo, como uns adolescentes exuberantes – os extrovertidos do mundo, exportadores do rock & roll e de filmes chamativos de Hollywood – os americanos estão a retirar-se agora, decididamente, dessa posição, ou pelo menos a serem introspetivos. As tendências nas atividades de lazer refletem essa mudança: frugalidade e laboriosidade estão na moda; o consumismo ostentoso está fora de moda.


Esta mudança deve-se à frágil economia, é claro, mas acredito que isso seja também psicológico. Após duas guerras e uma meia dúzia de conflitos não declarados, na década passada, a América entrou num período de hibernação cultural sem precedentes.






Jardinagem, álbuns de recortes, tricotar, e cozinhar, tornaram-se em atividades recentes, desprezivelmente chiques. Nos bairros urbanos periféricos, para onde os jovens de estilo hip estão a mudar-se, as hortas citadinas e os tomates de herança, que crescem em floreiras, substituíram os veículos Lexus e Prius.






Outros jovens hipsters deslocaram-se mais para o campo, em busca de uma idílica nova fantasia narrativa. O jovem casal – ele com barba e ela com um vestido sem mangas e botas de borracha – têm uma propriedade no vale do rio Hudson com um bando de galinhas, ou no Novo México, com uma cabana de palha amiga do ambiente. Eles substituíram o jovem casal de há cinco anos – ele com o fundo de cobertura (hedge fund), ela com decoradores de interiores – numa McMansão em Westchester County.






As secções de produtos alimentares dos jornais urbanos que, há cinco anos, cobririam a recente cozinha de fusão, agora mostram perfis sonhadores do indivíduo com uma licenciatura Ivy League, que saiu da rede, e fez bem a ele mesmo ao iniciar uma linha de picles caseiros. Mercados de produtores da região, fogões a lenha, painéis solares e lojas agrícolas Agway são os novos focos do sonho com aspiração para as pessoas, que há pouco tempo tinham muitos créditos ilimitados, consumiam marcas de luxo adaptadas à classe média e fantasiavam sobre o tipo de vida exposta nas revistas de luxo.






Até mesmo os enredos de Hollywood ecoam, hoje, este desejo de fugir para uma “vida mais simples”, com a sua aversão ao excesso de riqueza e à indulgência. No filme, que está prestes a estrear, Querida, comprei um zoo, um pai solteiro cura a dor da sua família ao mudar-se para o campo onde compra uma mansão com um zoo de animais selvagens incluído – uma casa degradada e paisagens naturais espetaculares garantem um cenário redentor para a vida doméstica.






Outros filmes adicionam tanto de excesso como de repugnante. O sucesso de bilheteira A Ressaca – Parte 2 mostra três jovens amigos que se veem envolvidos numa noite de farra na Tailândia, onde têm liberdade total para satisfazerem todos os apetites – de trabalhadores do sexo transexuais, a drogas e caos de todos os géneros. No final, contudo, a personagem principal satisfaz o seu desejo de casamento, família e da vida calma de um dentista. Num enredo paralelo dirigido às mulheres, o filme A melhor despedida de solteira caracteriza uma futura noiva que está prestes a obter “tudo” – através de um noivo monótono mas extremamente rico – mas abandona o excesso que a circunda e refugia-se no seu humilde apartamento.






Após as ajudas aos bancos, escândalos financeiros do tipo Bernard Madoff e uma bolha imobiliária que deixou os americanos desamparados, é como se o inconsciente coletivo estivesse a reformular que a vida em iates e os campos de golfe imaculados fossem desagradáveis e que, economicamente, a grande simplicidade rural fosse um alívio de limpeza virtuoso. Como seria de esperar, a última vez que a cultura americana teve tal inversão de iconografia, foi durante a Grande Depressão, quando filmes como As Vinhas da Ira lançam a realidade da simplicidade – contra a corrupção das elites ricas – como sendo uma excelente virtude. (“Sempre que houver um polícia a bater em alguém, eu estarei lá… em qualquer local onde as pessoas estejam a comer as coisas que cultivaram e estejam a morar nas casas que construíram, eu estarei lá, também”, tal como disse Tom Joad).Ronald Reagan afirmou em 1980 que era “manhã na América”, mas na América de hoje é a manhã seguinte. Este movimento no sentido de sair da rede, come o que cultivas, anda de bicicleta por tua iniciativa, fantasia coletiva de energia solar, é inevitável: os americanos foram bombardeados de esperança de que um maior consumo torná-los-ia mais felizes, mas ao invés foram largados com uma pilha de dívidas. Pediram-lhes que admirassem o topo da pirâmide de rendimentos, somente para descobrirem que estavam a olhar para um esquema piramidal.






Não admira, portanto, que uma espécie de chique sobrevivente se tenha tornado na versão atualizada do chique radical e comunal dos anos 1960. Os americanos perderam a fé naqueles que, em tempos de bonança, ronronaram, “Confiem em nós”. O novo sonho americano – um bando de galinhas e um frasco de picles – representa a perspicácia de que as únicas pessoas em quem os americanos podem confiar numa crise são em eles próprios."

Retirado da pagina online do Publico 06.12.2011 - 15:35 Por Naomi Wolf

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs 1955 - 2011

“O teu tempo é limitado, por isso não o gastes a viver a vida de outra pessoa. Não caias na armadilha do dogma, que é viver de acordo com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixes que o barulho criado pela opinião dos outros silencie a tua voz interior. E, acima de tudo, tem a coragem de seguir o teu coração, a tua intuição. Por uma razão qualquer, eles já sabem o que tu queres ser. Tudo o resto é secundário.”


Steve Jobs
RIP

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"Porque eu sou do tamanho do que vejo.



E não do tamanho da minha altura."



Fernando Pessoa

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Desafios e Perseverança

Texto retirado do site da revista Sport Life http://www.sportlife.com.pt/index.php/corrida--ciclismo

"Sexta, 06 Maio 2011 16:47



Desafios e Perseverança


Publicado em Corrida / Ciclismo
Escrito por António Nascimento

Nos dias que correm já se torna habitual vermos várias pessoas a praticarem actividade física, e com isso a melhoram a sua qualidade de vida, mas ao mesmo tempo, poucos se apercebem das grandes mudanças que estão a causar nas pessoas que os rodeiam.
É impossível passar despercebido aos olhos e principalmente ao coração das pessoas que nos são próximas. Pensem em alguém que sempre foi sedentário e de repente propõe-se a fazer uma prova de corrida, independente da distância ou tipo de desafio. A rotina de treinos, a alimentação e a procura de informação relativamente à prova escolhida geram entusiasmo e motivação para realizar outros sonhos.

O ser humano é incrível, capaz de realizar feitos inexplicáveis aos olhos da ciência. Temos na nossa cabeça e coração uma das maiores forças, e exemplos não faltam, vou citar um caso que jamais esquecerei:



Gabriela Andersen nas Olimpíadas de 1984, em Los Angeles, na maratona Feminina, chegou completamente desidratada e desorientada, com uma forte cãibra na perna esquerda. Cambaleou nos últimos 200 metros e levou 10 minutos a completar, até cair desacordada nos braços dos médicos na linha de chegada. Após a prova, Gabriela disse que queria terminar o percurso, pois aquela talvez fosse a sua única oportunidade olímpica devido aos seus trinta e nove anos. A verdade é que Gabriela chegou em 37 lugar entre as 44 participantes, mas foi mais aplaudida que a Medalhista Olímpica.

Até hoje, o facto é considerado como um dos maiores exemplos de perseverança, gana e espírito olímpico. Provavelmente, outros exemplos como este estão perto de nós. Quem não tem alguém na família, ou um amigo, que está a treinar para um desafio?



Por experiência própria, durante mais de 33 anos de desporto e desafios, acredito que para concretizarmos um sonho temos que conseguir dar o primeiro passo. Acredita em ti e nas pessoas mais próximas, idealiza um projecto, organiza os teus horários e vai em frente. Nunca é tarde para começar! Por isso meus amigos, não percam mais tempo,realizem os vossos sonhos, lutem por eles e, sobretudo, motivem as pessoas que vos rodeiam."

                                                                 Gabriela Andersen

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Penta Escaramular

Já não me lembro de a quantos anos andava com vontade de experimentar a escalada, no entanto por falta de conhecimento e de companhia essa vontade foi mantida na gaveta.


Este fim-de-semana tive o prazer de finalmente poder sentir a razão de tanta paixão, o Núcleo Escalada da ACERT organizou o seu Penta Escaramular e eu através da minha amiga Catarina pude em conjunto com os meus putos passar um dia e uma tarde do melhor. Aquele pessoal não só mostrou que sabe bem o que anda a fazer, como foram senhores de uma das melhores recepções que tenho memoria, sentimo-nos em casa.
O contacto com a natureza, o convívio e a superação pessoal estiveram sempre presentes e as horas passaram a voar, cinco estrelas.

Mas melhor que palavras ficam as imagens;






Até breve,
César Coelho

quinta-feira, 21 de abril de 2011