quinta-feira, 18 de março de 2010

Volta por estrada

Finalmente pude andar na Allez, S. Pedro ouviu as minhas preces e deu-me um dia de sol na minha folga. Nesta minha primeira volta (já tinha andado duas vezes com ela, mas foram voltas de adaptação) pude constatar varias coisas.


• Em primeiro o mais que óbvio, a minha preparação para Portalegre, peca por falta de horas em cima da bike. A minha média (a pedalar) deste ano é inferior a três horas, sabendo que o ano passado fiz cerca de sete horas e meia para completar os cem km, fica claro que está mais do que na hora de começar a esticar o tempo de treino, se não vai ser complicado.
• Em segundo, porque nem tudo é mau, o treino no ginásio está cada vez mais a dar frutos, começo aos poucos a conseguir controlar a minha frequência cardíaca, o que me dá uma recuperação muito mais rápida. Outra coisa importante, mas menos evidente é o alterar da minha forma de pedalar. Só agora em estrada pude verificar que as correcções do LP no Indoor, fazem sentido, o BTT não deixa muita margem para corrigir, este importante e fundamental pormenor. Afinal pedalar tem muito que se lhe diga…Nestes aspectos acho que estou no bom caminho.

• Em terceiro, realmente fiz uma boa opção em adquirir a Bike de estrada. Como referi anteriormente é um excelente complemento para o BTT. Mas em abono da verdade, que me desculpem os adeptos ferrenhos da estrada, não me provoca a mesma paixão, falta a adrenalina dos trilhos e a mistura das cores e cheiros da natureza. Em relação a Allez não posso falar muito pois falta-me uma comparação, visto que é a primeira. Mas pareceu-me bastante equilibrada no que toca a relação performance/ conforto, o conjunto Shimano Tiagra, que equipa na totalidade, não me mereceu reparos, tanto em travagem, como na transmissão. Se existe alguma coisa a apontar é o comportamento a subir, a cassete com poucos dentes (em comparação a de BTT) e principalmente as rodas, que destoam completamente do resto do conjunto (pela negativa), devido ao seu peso e reduzida capacidade de rolamento. Sorte a minha que o meu objectivo é treinar e para isso são as rodas perfeitas.

• Por ultimo, parece-me que os cães gostam menos das Bikes de estrada do que das de BTT (vai-se lá saber porque) o que deu uma outra certeza… Mesmo ao fim de 80 km, consigo fazer um bom sprint, só necessito é da motivação certa (neste caso foram para cima de 20kg de cão, com a mania que eu era dentista, pois fartou-se de me mostrar os dentes, mais um bocadito e tinha de lhe mostrar que também o podia confundir com um sapateiro, e ter de mostrar a dureza dos meus sapatos de encaixe).


Foram 90 Km, em 3 horas e 54 minutos, com uma média de 23 Km/ hora e 74 de cadência, tendo em conta que o percurso teve um acumulado jeitoso, não foi mau.

Já agora fica aqui uma foto de grupo da Rota do Cabicanca, as outras e os track´s ficam para a semana.


Boas pedaladas,

César Coelho

2 comentários:

  1. Oi Cesar (ferrenho do vtt)
    Quando subires a Serra Da Estrela com uma frequência cardíaca entre 170 et 180
    e que ao vires para baixo direcao a Seia
    a frequência cardíaca continua nos 170/180 porque passas na reta da alagoa a 100 km hora,
    vais ver que as reservas de adrenalina vao faltar...mas tens razao, o vtt tambem e fixe
    Um abraco
    Jorge Rodrigues

    ResponderEliminar
  2. O que eu notei, de diferença em relação ao vtt, foi a aceleração, que também acaba por dar adrenalina/pica.
    Em grupo, sobretudo em prova, andar na roda também dá a sua pica....
    (a minha experiência em estrada é mínima)
    Abraço,
    César

    ResponderEliminar